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TDAH em mulheres: por que o diagnóstico é mais difícil?

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é geralmente associado a meninos agitados na infância, mas a realidade é bem mais ampla. Muitas mulheres convivem com os sintomas por anos sem saber, acreditando que suas dificuldades são resultado de ansiedade, sobrecarga ou características da personalidade.

Essa diferença no reconhecimento do TDAH entre homens e mulheres tem causas históricas, sociais e até científicas. Entender esses fatores é fundamental para que mais mulheres recebam o diagnóstico e o tratamento adequados.

Sintomas menos visíveis

Enquanto nos homens o TDAH costuma se manifestar com mais impulsividade e agitação física, nas mulheres os sintomas tendem a ser mais internos. A desatenção é o traço predominante, acompanhada de esquecimentos frequentes, dificuldade de organização e sensação constante de sobrecarga mental.

Essas manifestações são mais sutis, o que faz com que passem despercebidas por professores, familiares e até por profissionais de saúde.

O peso dos estereótipos

Ainda existe uma expectativa social de que a mulher seja naturalmente organizada, atenta aos detalhes e capaz de conciliar múltiplas tarefas. Quando ela não consegue atender a esse padrão, o mais comum é que se culpe e tente compensar, em vez de buscar ajuda.

Essa cobrança interna e externa contribui para que muitas mulheres desenvolvam quadros de ansiedade e depressão antes mesmo de se considerar a hipótese de TDAH.

Impacto na vida adulta

O TDAH não tratado pode trazer prejuízos significativos para a vida profissional, acadêmica e pessoal. É comum que mulheres relatem dificuldade em cumprir prazos, manter a casa organizada, gerenciar as finanças e até sustentar a rotina de autocuidado.

Além disso, as dificuldades de atenção e planejamento podem afetar relacionamentos, gerar sensação de incompetência e reduzir a autoestima.

Caminhos para um diagnóstico mais preciso

O primeiro passo é reconhecer que o TDAH não tem um “perfil único” e que pode se apresentar de formas muito diferentes em cada pessoa. A avaliação profissional deve considerar:

  • Histórico de sintomas desde a infância
  • Contexto de vida e demandas atuais
  • Possíveis comorbidades, como ansiedade e depressão
  • Relatos de familiares ou pessoas próximas

Ferramentas de triagem podem ajudar, mas o diagnóstico é sempre clínico, feito por psiquiatra ou psicólogo qualificado.

Tratamento e qualidade de vida

O tratamento do TDAH em mulheres segue os mesmos princípios que para homens, mas leva em conta as particularidades de cada paciente. Ele pode incluir:

  • Medicação, quando indicada, para melhorar foco e reduzir sintomas
  • Terapia para desenvolver estratégias de organização e autogestão
  • Ajustes na rotina para reduzir sobrecarga
  • Técnicas para lidar com a culpa e reforçar a autoestima

Com o diagnóstico correto e o tratamento adequado, é possível transformar a relação com o próprio tempo e energia, trazendo mais equilíbrio e bem-estar.

Se você se identifica com esses sintomas e dificuldades, agende sua avaliação. Receber o diagnóstico certo pode mudar sua vida.

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