Diagnóstico de TDAH na vida adulta: como saber se é o seu caso?

Você já se perguntou se sua dificuldade de foco e organização pode ser mais do que estresse ou ansiedade? Muitas pessoas passam anos convivendo com sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) sem perceber, acreditando que o problema é “falta de disciplina” ou “mente acelerada”. O resultado é um acúmulo de frustrações, projetos interrompidos e desgaste emocional.
Entender como funciona o diagnóstico é o primeiro passo para buscar ajuda e transformar sua rotina.
Sintomas que acendem o alerta
O TDAH em adultos pode se manifestar de forma diferente do que vemos em crianças. É comum que a hiperatividade seja menos evidente, enquanto a desatenção e a impulsividade continuam presentes. Entre os sinais mais frequentes estão:
- Dificuldade em manter a atenção por longos períodos
- Trocar de tarefa antes de finalizar a anterior
- Esquecer compromissos e informações importantes
- Procrastinar mesmo sabendo das consequências
- Sentir a mente mudando de um assunto para outro sem controle
É importante lembrar que esses sintomas precisam estar presentes de forma constante e impactar a vida pessoal, profissional ou acadêmica para que se pense em TDAH.
O que acontece na consulta de avaliação?
O diagnóstico de TDAH é clínico, ou seja, feito a partir da conversa com o paciente e da análise do histórico de vida. Não existe um exame de sangue ou de imagem que confirme o transtorno.
O psiquiatra ou psicólogo treinado irá:
- Investigar sintomas atuais e passados
- Entender como essas dificuldades impactam o dia a dia
- Avaliar a presença de sintomas desde a infância
- Verificar se existem outros transtornos associados
Ferramentas de triagem, como o questionário ASRS (Adult ADHD Self-Report Scale), podem ser usadas como complemento, mas nunca substituem a avaliação profissional.
Por que é importante buscar um diagnóstico preciso?
Sem um diagnóstico correto, é comum que a pessoa tente compensar suas dificuldades com esforço extra, trabalhando até a exaustão ou evitando situações em que possa se sentir exposta. Isso aumenta o risco de desenvolver ansiedade, depressão e baixa autoestima.
O diagnóstico correto permite iniciar um tratamento eficaz, que pode incluir:
- Terapia para criar estratégias de organização e foco
- Medicação, quando indicada, para reduzir sintomas
- Mudanças na rotina para facilitar a execução de tarefas
E os exames?
Embora não exista exame que confirme o TDAH, o médico pode solicitar alguns testes laboratoriais para descartar condições que imitam ou agravam os sintomas, como alterações na tireoide, deficiências vitamínicas ou distúrbios do sono.
O próximo passo
Se você se identificou com os sintomas descritos, não ignore os sinais. Marcar uma consulta com um especialista pode ser o início de uma nova fase, com mais clareza, organização e qualidade de vida.
➡ Agende sua avaliação e descubra se é TDAH. O diagnóstico pode mudar a forma como você enxerga a si mesmo.
